Mark Zuckerberg anunciou recentemente que a Facebook Inc., o conglomerado de tecnologia dono da maioria dos aplicativos que estão instalados no seu celular (WhatsApp, Instagram, Facebook e alguns outros!), estaria mudando de nome. Com isso, uma nova identidade visual tomaria o lugar do tradicional “f” com o qual estávamos acostumados.
Ultrapassando os limites que representam um movimento de reposicionamento de marca, essa nova comunicação é o primeiro passo do visionário projeto de metaverso que Mark alega ser o futuro do digital (se você tem dúvidas sobre o que é o metaverso, explicamos um pouco neste artigo)
Para comunicar ao público seu projeto, Mark fez uma apresentação de lançamento de aproximadamente 1 hora (confira aqui) em que, ao fim, você pode ver uma animação elegante com todos os logotipos das ferramentas da empresa se fundindo para formar um símbolo do infinito azul ao lado da palavra “meta”.
A palavra “meta” foi esmiuçadamente escolhida a dedo; vinda do grego, significa ”além”, mostrando que sempre há mais para se construir.
Assim, foi apresentado o logotipo que representa esse novo degrau da tecnologia que Mark Zuckerberg planeja alcançar. Para o executivo criador do Facebook: “O metaverso é a próxima fronteira para conectar pessoas”. O design do logo tem o objetivo de traduzir essa visão de Mark de unificar todos os canais e mundos digitais dentro do chamado metaverso, possibilitando um espaço on-line imersivo e interconectado disponível por meio de realidade virtual aumentada.
Os mais conspiratórios apontam que, por trás desse grande lançamento, existe principalmente uma tentativa de amenizar uma trajetória da empresa recheada de polêmicas, escândalos e questionamentos éticos, por isso a necessidade de se pensar uma identidade menos exclusiva e ofensiva.
Seja qual for o real objetivo principal, a equipe de designers que criou o novo logo usou de inteligentes recursos técnicos para desenhar o novo posicionamento.
Por exemplo, na manutenção da cor azul, historicamente associada à segurança e à confiabilidade, e na utilização de detalhes semânticos que podem passar despercebidos pelo público geral, mas com certeza vão afetar subliminarmente a imagem que as pessoas terão da Meta, como a escolha de um símbolo do infinito desprovido de cantos, pontas e bordas dentadas, criando uma imagem não ameaçadora.
Há quem diga também que o logo parece um óculos, representando as ferramentas de RV utilizadas para acessar o metaverso; para os mais criativos, um pretzel, uma batata Pringles, um tonificador de coxas, entre outras piadinhas.
Também é verdade que Mark não é o primeiro a utilizar o símbolo do infinito como logotipo. O Banco Next, o app Visual Studio da Microsoft e a banda Hoobastank são alguns exemplos rápidos que podemos apontar.
Mas a grande inovação que esse logo pode trazer para o mercado é em questão de escala. O logotipo foi projetado para sua visualização completa por meio de uma imersão de realidade virtual.
Usando uma única linha-guia, o “loop” irá girar e se torcer de forma tridimensional para que os usuários dentro do metaverso possam se mover e interagir através dele, como uma escultura esculpida por um artista plástico, só que capaz de dançar!
Caso o metaverso de Zuckerberg realmente se concretize, vamos começar a abandonar nossos logotipos em 2D para versões 3D animadas? Agora é esperar para ver, porém o mais importante sempre será que, em essência, o logotipo seja uma representação das emoções que seus clientes sentem em relação à sua marca.
E o seu logotipo: reflete a alma do seu negócio?