Eu sempre li muitos livros de diversos assuntos, mas os que sempre me cativaram mais são os que me despertaram cenários, personagens e situações criativas, com narrativas tão cativantes que me fazem entrar dentro no universo do livro e explorar minhas sensações e emoções.

Há uns três meses, li uma reportagem sobre como nosso cérebro não consegue distinguir uma história fictícia da realidade, porque relacionamos momentos da história com situações que já vivemos em nossas vidas, nos fazendo vivenciar verdadeiramente a leitura. Nossos sentimentos são completamente verdadeiros naquele pequeno instante em que soltamos uma risada, deixamos escorrer uma lágrima (ou várias), sentimos raiva ou até mesmo nos apaixonamos.

No primeiro capítulo de um novo livro, já consigo dizer se vou gostar dele ou não. Existem casos de livros com mais de 800 páginas que já li em um ou dois dias, ou o famoso caso do livro que está na estante há mais de um ano e não consigo passar da primeira página porque me dá sono.

O que faz um livro ser tão cativante? A narrativa.

A narrativa está presente em absolutamente tudo, seja na cultura, na religião, na política ou na propaganda. Contar histórias é uma arte, a arte de capturar atenção, de gerar identificação e de convencer o público do que você deseja dizer.

A grande dificuldade está em gerar uma narrativa boa. É aí que temos o “pulo do gato”, o momento de saber quem consegue cativar e conectar o público com uma mensagem e quem não consegue. Já parou para analisar por quantos posts no Instagram você só continua arrastando a tela para baixo porque não souberam captar sua atenção, e quantos você arrasta para o lado com vontade de ler o conteúdo?

Vou propor um desafio a você: NÃO PENSE EM UM GATO ROSA.

Agora vou contar um segredo que não é segredo, mas você provavelmente pensou num gato rosa. A frase causou um impacto que levou você a pensar no gato. Atitudes que saem do comum geram atenção! Se eu pedir para NÃO PENSAR EM UMA VACA VERDE, você vai pensar, mas acho que chegou a hora de pararmos de falar de gatos e vacas, e começarmos a falar de comunicação.

Você sabe o que desperta sua atenção?

Outro segredo que não é segredo é que se algo despertou sua atenção, é muitíssimo provável que foi uma atitude muito bem pensada, estruturada e testada para chamar atenção de um público em que você se encaixa e com o qual se identifica, ainda mais se estivermos falando de uma marca. As pessoas vivem em comunidades; elas se encaixam em padrões de comportamento que são facilmente detectáveis.

Talvez eu venda um líquido que faz muito mal pra saúde e você ache isso algo nojento, mas será que você teria a mesma reação se eu vendesse uma Coca-Cola?

Narrativas são construções. A Coca-Cola é uma marca que construiu uma narrativa muito envolvente ao longo do tempo, relacionando seu produto com elementos positivos, como a felicidade, o compartilhamento e a celebração. Esse contexto influencia a forma como você enxerga aquela latinha vermelha de 350 ml.

Por meio da narrativa, torna-se possível moldar pensamentos, sensações e emoções. Empresas criativas são as que ganham destaque no mercado porque conseguem criar uma identidade marcante e gerar uma conexão emocional com os consumidores.

A moral da história?

O poder das narrativas molda nossas percepções, influencia nossas emoções e orienta nossas ações, seja num livro, nas estratégias de marketing ou nas conversas do dia a dia. Todos temos o potencial de construir nossas próprias narrativas, então lembre-se disso quando estiver escrevendo um texto, porque pode ser a sua oportunidade de transformar o comum no extraordinário.

Lara Machado

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