Há um desafio no processo de criação de um nome para uma nova marca.

Ali, na sua frente, está um produto desconhecido, um serviço estranho, uma história que ainda não foi contada. E seu trabalho é resumir numa palavra quilos de PowerPoint carregados de opiniões, perspectivas, expectativas empresariais, sonhos pessoais. Essa palavra precisa ser única e exclusiva.

Ela, essa poderosa palavra, precisa ser nova o suficiente para não ser confundida com nada que o planeta já conheça.

O que levar em consideração na hora de criar?

Distinção, apelo para o público certo, evocação de benefícios salientes, disponibilidade para registro legal, associações simbólicas positivas, motivação, impacto, concisão, reprodutibilidade de escrita, agradabilidade do som, facilidade de memorização, inovação e não mexer com as memórias erradas das pessoas na sala de reuniões. “Não sei, essa palavra me lembra uma ex-namorada”, diria um diretor e acabaria com toda a sua tese de defesa.

Ou seja, ao criar um nome, você precisa de uma palavra, uma palavra extraordinária, diferente, nunca vista, como um extraterrestre.

E o nome que você criou, o seu bebê, logo estará sobre a mesa. Numa reunião de apresentação, seu bebê, sendo julgado por olhos desconfiados, sendo cutucado por dedos ansiosos. E você torcerá para ele ser bem recebido, ser amado já na primeira impressão e bem alimentado e cuidado ao longo dos anos.

Este filme da Proctor&Gamble enfatiza a importância de um nome, da sua pronúncia e do seu significado. Nomes são capazes de criar um maior sentimento de pertencimento para todos nós. 

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Seja justo.

Ouça com atenção às opiniões que virão. Você não vai fazer esse trabalho de cuidar do bebê; seu cliente proverá a comunicação, ele pagará mídia, dará publicidade ao filhote. Publicidade, essa substância tão necessária para que seu bebê se fortaleça. Mas, antes, ele precisa ser amado, ali, na mesa de reuniões. Por isso, é muito importante que seu nome, sua criação, seja um bebê muito fofo e irresistível. Não são poucos os critérios considerados, testados e testados outra vez durante o processo de naming.

Achar a palavra certa é, algumas vezes, como encontrar pepitas douradas em rios enlameados. Mas, em geral, se parece mais com criar um novo ser, diferente, único, incomparável, como um extraterrestre. E, ainda assim, fofinho, como um bebê indefeso que dê vontade de alimentar, tornar forte, fazer crescer e ficar orgulhoso quando chegar a hora dele viajar para galáxias ainda desconhecidas e, sozinho na escuridão do universo, subjugar e conquistar seus próprios mundos.

É isso.

Criar o nome para uma empresa, produto ou serviço é dar à luz um bebê extraterrestre.