Na pandemia, aproveitei para reforçar meu inglês numa escola on-line. Talvez você se lembre do slogan “Aulas ao vivo com professores americanos”.
Enquanto estava todo mundo trancado, o curso me permitiu conhecer bons professores e ter boas conversas. E um desses professores foi muito marcante: ele dizia ter encontrado uma forma de conversar com qualquer pessoa, independentemente do idioma.
Mark era de fato norte-americano (como defendia o slogan da marca), mas não residia no país. Ele tinha um estilo de vida bem incomum, itinerante, e já tinha morado em vários países, inclusive aqui na América do Sul. No período em que me dava aulas, estava na Ásia, na cidade de Bangcoc, Tailândia.
Cara muito interessante! Tinha trabalhado nos sets de filmagem de “O Cisne Negro” e, consequentemente, já havia trocado ideias com o diretor do filme, o premiado Darren Aronofsky (“Réquiem para um Sonho” e “Mãe!”) e, por mais que Darren tenha dirigido uma série de filmes bem obscuros, Mark me garantiu que ele é gente boa.
Visto que Mark era uma pessoa viajada e com muita experiência, perguntei se ele tinha dificuldade para se comunicar em outros países. Ele disse que não, pois havia aprendido uma língua capaz de ser utilizada em qualquer lugar do mundo.
Eu achei que era brincadeira, mas fiquei curioso.
Ele me orientou a pesquisar, após a aula, o nome de uma pessoa. Essa figura era um grande tradutor que havia encontrado uma forma de reproduzir as mensagens para todos os idiomas ao mesmo tempo: Edvard Munch. E esta foi a tradução com que me deparei:
“O Grito”, de 1893, é a obra de arte mais famosa de Munch, e é inegável que a imagem traduz muito bem o sentimento de angústia.
Então, caí em um clichê clássico, mas às vezes clichês se tornam clichês porque provavelmente são verdadeiros: o que você mostra é mais importante do que o que você diz.
O ensinamento do Mark me fez perceber a importância das formas para a comunicação e, consequentemente, para as marcas.
A Nike, por exemplo, onde quer que esteja, sempre ostenta os mesmos símbolos. Seja em Bangladesh, Joanesburgo, São Paulo, Tóquio ou Dublin, assim como os quadros de Munch, os logotipos representam a mesma mensagem.
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